terça-feira, 22 de dezembro de 2015

O que são os Princípios SOLID?

Robert C. Martin, por volta dos anos 90, compilou cinco princípios da orientação a objetos que visam nos ajudar com a tarefa de obter um código mais sólido (S.O.L.I.D.). Já a criação do acrônimo S.O.L.I.D. propriamente dito, foi introduzida por Michael Feathers, igualmente integrante da Object Mentor Inc. e autor do livro Working Effectively with Legacy Code. Feathers, na busca por facilitar a absorção da ideia, percebeu que a junção das cinco letras iniciais dos princípios, a saber: Single Responsability PrincipleOpen Closed PrincipleLiskov Substitution PrincipleInterface Segregation Principle e Dependency Inversion Principle, formavam a palavra Solid, que nos remete aos objetivos implícitos dos princípios, isto é, um desenvolvimento mais sólido.

Os cinco princípios da OO:
  • Single Responsibility Principle (SRP), ou, Princípio da Responsabilidade Única. Esse princípio diz que as classes devem ser coesas, ou seja, terem uma única responsabilidade. Classes assim tendem a ser mais reutilizáveis, mais simples, e propagam menos mudanças para o resto do sistema.
  • Open Closed Principle (OCP), ou Princípio do Aberto Fechado. Diz que as classes devem poder ter seu comportamento facilmente estendidas quando necessário, por meio de herança, interface e composição. Ao mesmo tempo, não deve ser necessário abrir a própria classe para realizar pequenas mudanças. No fim, o princípio diz que devemos ter boas abstrações espalhadas pelo sistema.
  • Liskov Substitution Principle (LSP), ou Príncipio da Substituição de Liskov. Esse princípio diz que precisamos ter cuidado para usar herança. Herança é um mecanismo poderoso, mas deve ser usado com parcimônia, evitando os casos de Gato-estende-Cachorro, apenas por possuírem algo em comum.
  • Interface Segregation Principle (ISP), ou Princípio da Segregação de Interfaces. Esse princípio diz que nossos módulos devem ser enxutos, ou seja, devem ter poucos comportamentos. Interfaces que tem muitos comportamentos geralmente acabam se espalhando por todo o sistema, dificultando manutenção.
  • Dependency Inversion Principle (DIP), ou Princípio da Inversão de Dependências. Esse princípio diz que devemos sempre depender de abstrações, afinal abstrações mudam menos e facilitam a mudança de comportamento e as futuras evoluções do código.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

O que é o Spring Framework?

O Spring é um framework open source para a plataforma Java criado por Rod Johnson e descrito em seu livro "Expert One-on-One: JEE Design e Development". Trata-se de um framework não intrusivo, baseado nos padrões de projeto Inversão de controle (IoC) e injeção de dependência.

No Spring o container se encarrega de "instanciar" classes de uma aplicação Java e definir as dependências entre elas através de um arquivo de configuração em formato XML, inferências do framework, o que é chamado de auto-wiring ou ainda anotações nas classes, métodos e propriedades. Dessa forma o Spring permite o baixo acoplamento entre classes de uma aplicação orientada a objetos.

O Spring possui uma arquitetura baseada em interfaces e POJOs (Plain Old Java Objects), oferecendo aos POJOs características como mecanismos de segurança e controle de transações. Também facilita testes unitários e surge como uma alternativa à complexidade existente no uso de EJBs. Com Spring, pode-se ter um alto desempenho da aplicacao.

Esse framework oferece diversos módulos que podem ser utilizados de acordo com as necessidades do projeto, como módulos voltados para desenvolvimento Web, persistência, acesso remoto e programação orientada a aspectos.